Hoje vou contar a história da Vó da nossa amiga Maria.
Dona Clotilde começou a ter dificuldades para dormir, lá em 1998. Havia sido inaugurado um posto perto de sua casa recentemente, passou em consulta e um médico muito atencioso lhe prescreveu Diazepam 10mg a noite.
Problema resolvido! Dona Clotilde voltou a dormir bem. As vezes volta a dormir mal, mas ela tem confiança em seu remédio e que ela vai conseguir dormir com ele (mas só com ele, sente desespero de pensar em ficar sem).
Pega a receita no postinho, e lá, as vezes, algum médico lhe questiona esse uso, mas ela sabe que é só prometer que vai começar a reduzir que eles fazem a receita.
Então, Dona Ana, filha de Clotilde, também começou a ter dificuldade para dormir. Trabalho, crianças, falta de lazer e zero atividade física, essa era a vida da Ana.
Dona Clotilde, preocupada com sua filha, lhe ofereceu seu remédio, e resolvido. A vida seguiu difícil, cheia de preocupações, mas Ana dormia a noite com o remédio da mãe.
E a Maria? Com 17 anos, estudando muito, preocupadíssima com vestibular, começou a dormir mal.
E agora? Maria também vai começar a tomar Diazepam 10mg a noite, todos os dias, para sempre?
Ana ficou preocupada com essa possibilidade e preferiu investir em psicoterapia para sua filha. Com o tratamento Maria melhorou da insônia, sem precisar de medicamentos.
Essa é uma história que vemos todos os dias na psiquiatria. Você conhece alguma parecida? Me conta nos comentários
Cuide-se